O ouro se estabilizou após outra alta em meio a preocupações com a independência do Federal Reserve e os riscos de inflação nos EUA. Ao mesmo tempo, o Goldman Sachs Group Inc. alerta que o preço do ouro pode subir para quase US$ 5.000 por onça se a independência do Federal Reserve for prejudicada e os investidores transferirem mesmo que seja uma pequena parte de seus ativos dos títulos do Tesouro para o ouro.
Está claro que a decisão da Suprema Corte terá consequências de longo alcance para a economia dos Estados Unidos e sua posição no cenário global. Ela definirá o equilíbrio de poder entre o Executivo e o Legislativo em questões comerciais e influenciará as relações dos EUA com seus principais parceiros comerciais nos próximos anos. É provável que a Corte aceite analisar o caso, mas isso ainda depende da aprovação dos ministros. O governo solicitou que a decisão seja tomada até 10 de setembro.
O recurso também envolve as tarifas impostas por Trump ao Canadá e ao México, os vizinhos mais próximos dos EUA, além da China.
Esse processo será um teste importante para a Suprema Corte, de maioria conservadora, que até agora tem apoiado amplamente Trump, já que ele reivindica poderes que seus antecessores nunca buscaram. Se os ministros aceitarem julgar o caso, terão de interpretar uma lei que confere ao presidente um arsenal de ferramentas para lidar com questões de segurança nacional, política externa e emergências econômicas, mas que não menciona explicitamente tarifas entre esses poderes.
Até o momento, esse tipo de processo tem exercido pouco impacto direto sobre o mercado cambial, mas qualquer desdobramento drástico pode alterar significativamente a situação. Vale lembrar que, no último outono, o anúncio da guerra comercial feito por Trump provocou saída de capitais; o que acontecerá desta vez ainda é uma incógnita.
Cenário técnico para o EUR/USD: No momento, os compradores precisam romper o nível de 1,1680 para mirar um teste em 1,1715. A partir daí, o par poderia subir até 1,1740, mas avançar sem o suporte dos principais players será difícil. O alvo mais distante é a máxima de 1,1790. Se o instrumento recuar, espero uma atuação significativa dos compradores apenas na região de 1,1645. Caso não haja suporte ali, será melhor aguardar um novo fundo em 1,1610 ou abrir posições compradas a partir de 1,1575.
Cenário técnico para o GBP/USD: Os compradores da libra precisam romper a resistência mais próxima em 1,3445 para mirar 1,3485, cujo rompimento será bastante desafiador. O alvo mais distante é 1,3515. Se o par cair, os ursos tentarão retomar o controle em 1,3415. Caso consigam, uma quebra desse intervalo provocará pressão significativa sobre os compradores e poderá levar o GBP/USD a 1,3380, com perspectiva de atingir 1,3340.
Neste ano, os metais preciosos se destacaram como uma das commodities de maior crescimento, subindo mais de um terço e atingindo uma máxima histórica no início desta semana. A valorização foi impulsionada pela acumulação por parte dos bancos centrais e pelas apostas em cortes iminentes nas taxas de juros pelo Fed. Recentemente, o rali ganhou suporte adicional após o presidente Donald Trump tomar medidas para aumentar o controle sobre o Fed, incluindo tentativas de destituir a diretora Lisa Cook.
No cenário técnico atual, os compradores precisam romper a resistência mais próxima em US$ 3.562. Isso abrirá caminho para US$ 3.600, nível que será difícil de ultrapassar. O alvo mais distante está na região de US$ 3.641. Em caso de recuo, os vendedores tentarão assumir o controle em US$ 3.526. Se conseguirem, a quebra desse intervalo representará um forte golpe para os compradores e poderá levar o ouro à mínima de US$ 3.490, com perspectiva de atingir US$ 3.444.