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O ouro recuou das altas: mas por quanto tempo?

Os preços do ouro subiram novamente hoje e estão próximos de seus máximos históricos, enquanto os traders se preparam para avaliar os dados dos EUA que podem confirmar a necessidade de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve.

O ouro recuou das altas: mas por quanto tempo?

Os preços do ouro ultrapassaram US$ 3.643 por onça após atingirem o pico acima de US$ 3.674 na terça-feira, quando uma revisão preliminar de dados indicou que o número de trabalhadores empregados provavelmente será revisado para baixo em um recorde de 911.000. O Fed definirá a política monetária na próxima semana, após a divulgação dos dados de inflação ao produtor e ao consumidor dos EUA, na quarta e quinta-feira, que também influenciarão sua decisão.

Indicadores econômicos fracos nos últimos meses — particularmente o crescimento mais lento do PIB e a queda na geração de empregos — aumentaram as expectativas de que o Fed será forçado a flexibilizar a política monetária. Taxas de juros mais baixas tradicionalmente favorecem o ouro, já que tornam os ativos atrelados ao dólar menos atraentes e reduzem o custo de oportunidade de se manter o metal, que não rende juros.

No entanto, apesar do aumento das expectativas de afrouxamento da política monetária, alguns analistas pedem cautela. A inflação, embora esteja desacelerando, permanece acima da meta do Fed, e cortes prematuros nas taxas podem levar a uma nova aceleração. Assim, as decisões do Fed dependerão de uma avaliação abrangente da situação macroeconômica e, em particular, dos dados de inflação que serão divulgados nos próximos dias.

A influência das tensões geopolíticas também não pode ser subestimada. Ontem, o presidente Donald Trump afirmou a autoridades europeias que está pronto para impor novas tarifas contra Índia e China, a fim de pressionar o presidente Vladimir Putin a negociar com a Ucrânia — mas somente se os países da União Europeia seguirem seu exemplo. Além disso, na terça-feira, Israel realizou um ataque militar sem precedentes contra líderes seniores do Hamas em Doha.

Neste ano, os preços do ouro já subiram quase 40%, impulsionados por compras de bancos centrais, incertezas geopolíticas e preocupações sobre o impacto da política tarifária dos EUA na economia global. Os fluxos para ETFs lastreados em ouro também têm dado suporte adicional, e muitos bancos, incluindo o Goldman Sachs Group Inc., preveem novas altas nos preços em meio à expectativa de um corte de juros pelo Fed.

Nos últimos dias, vários bancos centrais sinalizaram interesse contínuo na compra de ouro, indicando uma demanda persistente do setor público. Nesta semana, autoridades tchecas afirmaram que os volumes de reservas alcançaram níveis recordes, após dados do Banco Popular da China mostrarem crescimento. O Banco Central da Índia também aumentou suas aquisições.

O ouro recuou das altas: mas por quanto tempo?

Quanto ao cenário técnico atual para o ouro, os compradores precisam superar a resistência mais próxima em US$ 3.658. Isso permitirá um movimento em direção a US$ 3.682, acima do qual a progressão será bastante difícil. O alvo mais distante situa-se na região de US$ 3.720.

Em caso de queda, os vendedores (ursos) tentarão assumir o controle em US$ 3.600. Se forem bem-sucedidos, a quebra dessa faixa representará um golpe significativo para as posições dos compradores (touros) e poderá empurrar o ouro para a mínima de US$ 3.562, com perspectiva de chegar a US$ 3.526.

*The market analysis posted here is meant to increase your awareness, but not to give instructions to make a trade
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