
Segundo especialistas, os Estados Unidos podem acabar sendo os maiores prejudicados na guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump — um alerta claro que exige medidas urgentes para evitar um agravamento ainda maior da situação.
Durante o Fórum Econômico Mundial, representantes de instituições globais como o Banco Mundial, a OMC e o FMI, além de executivos de grandes multinacionais, manifestaram preocupação com o risco de deterioração da economia global em 2025. Eles alertaram que as tarifas de importação impostas pela Casa Branca podem alimentar a inflação e reduzir os volumes do comércio internacional. Medidas retaliatórias — como novas tarifas e barreiras não tarifárias — também são vistas como altamente prejudiciais ao fluxo global de mercadorias.
Uma pesquisa apresentada no evento revelou que 53% dos entrevistados acreditam que os efeitos econômicos do conflito comercial recairão principalmente sobre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais. Um terço dos participantes estima que os impactos podem se espalhar até mesmo para países que não estão diretamente envolvidos na disputa. Analistas projetam um crescimento mais lento para a economia americana e acreditam que no futuro o cenário será ainda mais frágil para a zona do euro. No caso da Europa, as perspectivas permanecem incertas, com alertas sobre uma expansão econômica modesta. A China também deve enfrentar uma desaceleração, pressionada por fatores externos que dificultam o avanço das reformas internas.
O consenso entre os economistas presentes foi predominantemente pessimista: 76% afirmaram que a estratégia tarifária de Trump deve provocar mudanças estruturais no comércio global, incluindo disrupções significativas nas cadeias de suprimento. Os efeitos de longo prazo do conflito comercial também são motivo de preocupação.
Em contrapartida, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, defendeu a política tarifária, argumentando que a dependência americana de cadeias de suprimento estrangeiras — especialmente para insumos essenciais, como ingredientes farmacêuticos — representa um risco à segurança nacional. Segundo ele, com governos estrangeiros ameaçando cortar o fornecimento desses produtos críticos, os Estados Unidos enfrentam uma verdadeira emergência nacional.
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